Autor(a):Tabitha Suzuma
Editora: Valentina
Número de páginas: 304
Ano de lançamento:2014
Sinopse: Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos .Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.Eles são irmão e irmã.Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.
Hey leitores! Vamos a mais uma resenha? O escolhido da vez foi o livro Proibido da autora Tabitha Suzuma,então vem conferir! E era um livro que eu sempre ouvia falar e tinha vontade de ler,porém me faltava oportunidades,até que um dia eu vi ele disponível no Kindle Unlimited e não perdi tempo.
Proibido é uma espécie de livro que deveria conter alguns avisos,pois realmente não se trata de uma leitura fácil em vários aspectos,seja pela carga emocional,seja pela questão liberal,todo contribui para que você e sinta envolvido pela história e tenha sentimentos contraditórios,a autora conseguiu criar um cenário familiar angustiante,devido a uma mãe negligente e desequilibrada e um pai inexistente e provavelmente esses elementos contribuíram para toda trama questão levantada no próprio livro.
Família: a coisa mais importante de todas. Meus irmãos podem me deixar doido às vezes, mas são meu sangue. São tudo que já conheci. Minha família sou eu. É a minha vida. Sem eles, eu caminho sozinho no planeta.
Apesar do assunto ser um grande elefante branco na sala que é incesto explicito,a autora retrata de uma forma suavizada até poética,apesar de toda a densidade do assunto,fazendo com que a construção do romance seja feita em ritmo aceitável,nada acontece de uma hora para outra.
“No fim das contas, é o quanto você pode suportar, o quanto pode resistir. Juntos, não fazemos mal a ninguém;separados, nós definhamos.”
Outro ponto que precisa ser comentado é a narração que é feita em primeira pessoa pelos protagonistas,Maya e Lochan,dessa forma além de ser possível de conhecer um pouco da personalidade de cada um é bom também ver os conflitos que cada um passa,Maya é apaziguadora e resoluta principalmente em relação no que sente pelo irmão,já Lochan é inseguro,deprimido,pode-se dizer que seu estado emocional é caótico,apesar de um bom garoto,principalmente para seus irmãos.
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O sentimento estava lá havia anos,se aproximando da superfície a cada dia;era apenas uma questão de tempo a romper nossa frágil téia de negação,nos obrigando a enfrentar a verdade e reconhecer quem somos.Duas pessoas que se amam -Um amor que ninguém mais poderia compreender.
Agora falando sobre o incesto em si contido no livro,não vou dizer que senti repulsa ou algo do tipo por dois motivos: eu sabia no que estava “entrando” quando iniciei a leitura e também porque acredito que a literatura é um campo aberto para ser explorado diversos tipos de assuntos,por mais chocantes que eles sejam,mas isso não me impediu de refletir um pouco. O amor de Maya e Lochan seria algo considerado lindo se não houvesse o parentesco,e então me fez questionar até que ponto o julgamento é algo necessário ou certo? Cada situação é uma situação,mas apesar de tudo nada justifica o incesto ser algo natural ou certo.
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